A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA – Nº. 28
Vivemos, hoje, tempos em que a preocupação maior da família parece ser de acordo com a “satisfação das necessidades”, não pode faltar! O que vige mais do que nunca, é a procura por receitas, por fórmulas mágicas que garantam felicidade. Tempos de rapidez, de procura por respostas rápidas, onde o que se veicula é tudo “já”, rapidamente, para ontem. Pareceria então que a psicanálise seria algo em desuso, com um certo viés nostálgico.
Segundo Charles Melman (2003), hoje existe a valorização do “homem máquina”, potente, poderoso, que nada abala, em lugar do homem desejante. Ser desejante significa ter faltas. Espera-se hoje que a solução venha de fora, sem implicação subjetiva alguma, porque a procura é, também, por isenção de responsabilidade. Então, por exemplo, os pais julgam não ter compromisso com o sintoma do filho, é ele que não está bem; os adultos julgam que o mundo está contra eles. A evitação a se haver com a própria responsabilidade e com as próprias questões assusta, mas não é de hoje.
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