INSCREVER – INTERPRETAR – ESCREVER – Nº. 11

Na 11° revista da Associação Psicanalítica de Curitiba escolhemos nos debruçar sobre algumas das questões fundamentais da psicanálise: Inscrever, Interpretar e Escrever.

Estes são conceitos que remetem imediatamente às teorizações freudianas e lacanianas a respeito da linguagem. Se é na relação com o Outro que o ser humano se torna sujeito, é porque esta relação é mediada pela linguagem. São palavras que antecipam o sujeito, desta forma, o que era apenas um corpo, uma linguagem e que, portanto, apresenta uma representação no psiquismo. Assim, se o ser sujeita-se à linguagem é porque esta é a via que o determina.

A partir disso, podemos pensar quais são as possibilidades que cada sujeito tem para escrever o que foi inscrito pelo Outro. Como psicanalistas ouvimos os escritos – o texto do sujeito – e lemos as letras que formam palavras. Leitura essa que também é marcada pela impossibilidade de chegar a conclusões certas ou garantidas, e que nos faz questionar: o que é a interpretação? Freud falou em interpretar sonhos, lapsos, atos falhos, tudo aquilo que inscrito somente pode ser lido por vias transversais – nas entrelinhas – e, então, possibilitar um texto.

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